sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Fragmentos de tempo por Harold Edgerton

No âmbito das comemorações dos 100 anos da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto foi realizada uma exposição na Casa Andresen (Jardim Botânico) do fotógrafo Harold Edgerton, simbiose de momento e movimento, arte e ciência, que reflecte exemplarmente a mensagem do Centenário da faculdade: " 100 Anos. Compromisso com o futuro."
Harold Edgerton nasceu em 1903 e morreu em 1990. Foi sobretudo o uso da luz estroboscópica na fotografia que o tornou célebre, uma vez que lhe permitia parar movimentos no tempo e garva-los em imagens fotográficas, imperceptíveis ao olho humano.

Edgerton criou e desenvolveu equipamentos electrónicos e fotográficos, registando mais de 40 patentes, contribuindo para a explicação de fenómenos naturais, como o voo do colibri, e registou imagens de experiências cientificas como a maça a ser atravessada por uma bala ou um conjunto de três balões a serem atravessados por uma bala.
Trabalhou no cinema no sestudios MGM aplicando as suas técnicas nas filmagens da curta-metragem "Mais rápido do que um piscar de olhos". Participou em várias expedições com Jacques Cousteau desenvolvendo equipamentos de exploração marinha, como sonares que contribuíram para a descoberta de navios naufragados. No campo militar registou fotograficamente testes de explosões atómicas e prestou apoio aos Aliados durante a 2ª Guerra Mundial criando equipamento que tornou possível tirar fotografias de reconhecimento aéreo nocturno, usado nos dias anteriores ao desembarque das tropas na Normandia (Dia D).

Durante toda a sua vida foi um apaixonado pelo movimento, fotografado com estroboscópio vários atletas de alta competição, nadadores, tenistas entre muitos outros.
A sua preocupação artística e a busca constante e insaciável pela perfeição levou-o a realizar enumeras tentativas até conseguir alcançar o seu objectivo, como é o caso da "coroa de gotas de leite", que lhe demorou 25 anos de tentativas consecutivas.
As suas fotografias fazem parte das colecções do Museum of Modern Art e da Royal Photografic Society desde a década de 1930. Cerca de 100 museus em todo o mundo adquiriram e exibiram as suas fotografias obtidas entre 1932 a 1989. Alguas delas foram piblicadas em revistas conceituadas com a Life e a National Geographic.




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